quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Por que mudaram as regras da língua portuguesa?


Foto: bibliotec-se.blogspot.com

Invariavelmente, sempre que escrevo a palavra tranquilo, tenho a sensação de que estou bêbado. Pareço um latino (não que eu não seja um), daqueles comumente vistos em seriados policiais norte-americanos.

A ideia levantada na assembleia não caiu no gosto da plateia... Sejam sinceros, não ficou incrivelmente estranha esta frase?

E por que o "U" de Müller (que é um nome próprio) tem trema, e todos os outros "U's" não? Será que eles não ficaram magoados com tamanha falta de consideração?

Os redatores do acordo ortográfico ratificado por nosso país não passam de uns insensíveis... Esta sim é a mais pura verdade.

Nossos colonizadores de um passado não tão distante (Portugal, para quem faltou essa aula) não deram a mínima para o acordo. Não estão nem um pouco preocupados em mudar sua língua, ao contrário dos governantes brasileiros.

Claro que é interessante harmonizá-la, mas convenhamos que com a crescente incorporação de gírias em nosso vocabulário, tal preocupação me parece um tanto inútil.

Demorei um bom tempo para decorar as regras do português antigo, se é que podemos chamá-lo assim. Agora, porém, preciso estudar novamente e tentar aprender as regras novas. Se estivesse escrevendo no twitter, teria que dizer #quemerd@!

Confesso que pensei em organizar um levante armado contrário aos ideais apresentados pelos inimigos do "Império do novo acordo ortográfico". Só desisti da "ideia" porque nunca me dei ao trabalho de decorar a regra do maldito hífen. Do contrário, ninguém me segurava...

Como diria um professor da faculdade cujo nome não me lembro, inventaram outro artifício para vender mais livros.

Espero que tenham gostado do texto, porquanto foi a única "ideia" que tive nesta noite "tranquila".

 Não trema, minha cara trema. Com acento ou não, todos morrem algum dia!

7 comentários:

Marangoni disse...

Não consegui também entender o fundamento das mudanças ortográficas. Para mim também soa como insulto. Penso nos que escreveram antes do acordo ortográfico estar valendo, seus livros agora contém erros ortográficos. Quer dizer, não literalmente, todo mundo sabe que houve a mudança, mas é mesmo estranho. Lembro-me de ainda pegar livros do Machado de Assis e outros escritores com a ortografia antiga, antes mesmo dessa nova, e que já me soava estranho ler aquel português que não era o meu. A minha preocupação é se não haveria nada mais interessante e até prioritário para votarem, ao invés da aplicabilidade dessas mudanças ortográficas?

Igan Hoffman
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Zé Gota disse...

Ideia sem acento quer dizer que temos que pensar em pé?
E as mudanças abrem precedentes perigosos para trocadilhos como "não trema na linguiça".
A idéa das mudanças, segundo os linguitas, é a unificação da língua em todos os países de língua portuguesa.
-Bah, Lela...
Abraço, compadre.
http://www.lauromullernews.blogspot.com/

Marangoni disse...

Gostei do "não trema na linguiça"! Só o Zé mesmo!

Zé Gota disse...

Hehe
Só não concordo com o que disse o anônimo (belo nome) sobre escrever como se fala. Acho que toda a beleza da escrita se perderia, pois salvo alguns "colarinhos branco" (plural certo?), ninguém fala palavras como permptoriamente, sorrateiramente e porciúncula...
hasta luego, cabroñes...
http://www.lauromullernews.blogspot.com/

Kelvim Vargas Inácio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kelvim Vargas Inácio disse...

Aposto que o anônimo tem um nome esquisito, tal qual o meu.
Bela "ideia" meus pais tiveram...

Rodolfo Pomini disse...

Eu DETESTEI a nova regra ortográfica!

Duvido que metade dos brasileiros saberá escrever o novo português até o ano que vem. E eu confesso que sou um deles.(rs)