quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Falta de sono...

Foto: espiritualidades.multiply.com


Como eu queria ser o tipo de pessoa que recosta a cabeça sobre o primeiro objeto que vê pela frente e dorme com vontade.

Sabe aquele cidadão que dorme sentado no banco mais próximo ou mesmo quando rodeado por muito barulho? Então...

Sempre tive dificuldade para dormir, algo que credito à minha herança genética (leia-se "pai").

Deito na cama e não caio no sono como a maioria das pessoas. Mesmo se estiver bastante sonolento, ainda sim levo cerca de uma hora até adormecer. 

E para ajudar, também tenho o sono leve. Se o vizinho de cima resolve abrir a porta do quarto no meio da madrugada, sou capaz de acordar. Caso isso ocorra, demoro mais um tanto para conseguir dormir, e assim sucessivamente; um saco.

Embora eu já tenha escrito um texto defendendo a ideia de dormir menos (clique aqui para lê-lo), tenho noção de que o sono é deveras importante para qualquer ser humano.

Para se ter ideia, às vezes, mesmo após uma noite acordado, não consigo dormir o sono revigorante da tarde. Bate uma inquietação incomum que me faz levantar correndo da cama. 

Essa coisa de não ter sono vem de longe. Lembro que, quando pequeno, tínhamos uma empregada que me forçava a dormir no período vespertino. Como não conseguia, escondia uns bonecos dos "comandos em ação" (que velho!) dentro do travesseiro e começava a brincar assim que ela fechava a porta. 

Também penei na faculdade, porquanto jamais consegui dormir no ônibus, por mais cansado que estivesse.

Mas voltando ao assunto, vez ou outra me bate uma espécie de insônia. Sem qualquer motivo aparente, o sono se esvai e fico lá rolando de um lado para o outro na cama. Super divertido (#NOT).

Até já tentei algumas técnicas heterodoxas para dormir melhor, todas em vão. 

É como se essa característica já estivesse incorporada em minha pessoa, influindo, inclusive, em minha personalidade.

Se eu fosse como esses seres evoluídos que dormem várias horas por noite, ou daqueles que dormem a tarde com uma facilidade ímpar, seria uma pessoa totalmente diferente. Talvez melhor, talvez pior.

De qualquer forma, pelo menos não me sinto culpado achando que estou desperdiçando minha vida justamente por dormir demais.

Talvez seja melhor assim. Talvez.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Noites iluminadas de dezembro

Foto: cm-sintra.pt


Parece brincadeira, mas dezembro chegou novamente. 

Agora, faltam apenas algumas poucas semanas paras as tão aguardadas festividades de fim de ano.

Particularmente, gosto muito de comemorar essas datas. Crenças à parte, acho interessante todo o ritual nelas envolvido.

Embora seja um pouco inocente da minha parte, gosto de ver as luzes de natal colorindo a cidade aos poucos. Provoca uma nostalgia agradável.

E à medida que dezembro vai passando, essa espécie de eletricidade gerada pelo natal parece crescer até ficar quase palpável, o que deixa tudo ainda mais interessante.

Até que, enfim, chega a tão aguardada véspera de natal. E com ela, o agradável ambiente familiar, o creme de milho, o estrogonofe de camarão, e outros tantos pratos especialmente preparados para o dia.

Tudo, é claro, com o objetivo maior de tornar o natal esta data tão charmosa.

Sei que, ao publicar este texto, correrei o sério risco de ser chamado de careta, vítima do capitalismo, inocente, entre outros adjetivos nem tão equivocados, mas a verdade é que sou bastante ortodoxo nesse campo.

Gosto muito do ano novo, também. O simbolismo a ele inerente parece-me ainda mais surreal. 

Essa coisa de, "agora é um ano, daqui a pouco é outro", sempre teve um efeito muito peculiar sobre a minha pessoa. Quem já passou um réveillon comigo sabe do que estou falando.

O mais incrível é que essa data funciona mais ou menos como uma espécie de pausa no tempo reservada especialmente para fazermos um balanço de nossas vidas e, logo em seguida, traçarmos metas e planos tão ambiciosos quanto os de um ano atrás.

Nesse momento em especial, não importa o quão seus sonhos e desejos são ambiciosos, porquanto tudo é possível enquanto não passa de um sonho.

Esta, aliás, é a exata sensação que a mudança de ano provoca sobre a minha pessoa. Mesmo não passando de uma simples troca de dia (e calendário), soa mais como uma troca de sonhos.

Ano novo, vida nova. Ambições novas. Projetos novos. Tudo novo de novo.

Enfim, não tenho dúvidas de que o último mês do ano, com todas suas peculiaridades, é meu mês favorito.

Que venha dezembro, então.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A arte de amar

Foto: dificilartedeamar.blogspot.com


Tem uma letra de música da banda Cachorro Grande que usa a expressão "a arte de amar".

Após refletir um pouco sobre o assunto, cheguei à conclusão de que, de fato, amar é mesmo uma arte.

Explico.

Embora seja uma frase um tanto clichê, só quem ama ou já amou um dia sabe o quão esse sentimento pode ser complexo. Por vezes, difícil.

São muitas as pessoas que fazem de sua vida um verdadeiro caos quando o sentimento amor está envolvido.

Tanto é verdade que basta você acessar uma dessas redes sociais para ver inúmeras pessoas ensandecidas, com suas frases carregadas de desespero. Tudo, é claro, por conta de uma amor mal resolvido, ou coisa parecida.

A verdade é que o "ato de amar" mostra-se algo deveras denso. 

E parece-me que algumas pessoas não estão preparadas para esse sentimento tão peculiar. Carecem de preparação mental/psicológica para aventurarem-se nessa seara.

Não tenho dúvidas de que amar é e sempre vai ser o mais nobre dos sentimentos, porquanto comporta a melhor das intenções para com o próximo.

Ocorre que nós seres humanos precisamos rever alguns conceitos urgentemente, sob pena de atribuirmos a esse sentimento tão especial definição diversa da verdadeira.

O amor precisa ser compreendido/absorvido como um sentimento belo, sadio, transcendental, e não dessa forma desvirtuada e paranóica tão comum nos dias de hoje.

Concordo, pois, com a letra da música.

Amar é realmente uma arte. Uma arte para poucos...
  

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Qual sua cerveja favorita?



Cerveja sempre foi minha bebida alcoólica favorita.

E talvez por isso resolvi fazer uma espécie de avaliação sobre as cervejas mais consumidas no Brasil.

Gostaria de ressaltar aos desavisados de plantão, no entanto, que a avaliação foi realizada puramente com base no famoso senso comum.

Então, chega de papo e vamos à avaliação:

Stella Artois - Esta cerveja é simplesmente excelente. Além de ser muito  saborosa, possui um rótulo tão bonito que dá vontade de bebê-la só de olhá-lo. Seu único defeito, na opinião do meu cunhado, é que possui menos ml que suas concorrentes.

Heineken - A Heineken dispensa comentários, porquanto trata-se de um clássico. É uma espécie de Ferrari das cervejas. Você não precisa prever o futuro para saber que daqui 20 anos terá exatamente o mesmo sabor, e que sabor.

Polar - A melhor cerveja do mundo. Se você discorda (ou não conhece esta cerveja, o que é bem provável), você não é gaúcho. Bairrismo exagerado à parte, é uma excelente cerveja, não perdendo para nenhuma outra produzida no país.

  Brahma - Uma cerveja razoável, de respeito. Sem falar que sua lata é toda vermelha, cor do meu internacional - o que, por si só, já faz com que valha a pena ingeri-la (risos).

   Brahma Extra - Ainda melhor que a versão 1.0 (popular). Encorpada na  medida certa, traz consigo o verdadeiro sabor da cerveja. Mas, assim como toda cerveja extra, não é ideal para ser ingerida em grandes quantidades.

Skol - A Skol já teve seus dias de glória. Hoje, contudo, parece "aguada", sem graça. Ademais, acabou perdendo espaço para as concorrentes Brahma e Antártica Sub Zero.

      Bohemia - Sem dúvida, a melhor cerveja tipo pilsen fabricada no Brasil. Além de encorpada na medida certa, mantém sempre a mesma qualidade. Está um patamar acima das concorrentes nacionais. 

Antártica - Dá dor de cabeça.  

Antártica Sub Zero (ou sub vinte? Nunca sei...)- Não se surpreenda se esta cerveja, dentro de pouco tempo, virar o carro chefe da Antártica. Ao contrário da normal, é muito boa e vem ganhando muito espaço no mercado brasileiro.

Kaiser - Dá dor de cabeça.

Nova Skin - Aguada.

Itaipava - Tem gosto de leite. Logo, quando fizer um texto sobre leites, falarei sobre ela (risos).

Concorda? Discorda? Deixe seu comentário...

domingo, 20 de novembro de 2011

Fazendo um balanço...


O site SegundaDose.com está completando 4 anos! Nada mais justo, pois, do que fazer um balanço de sua existência no mundo virtual.

Quando comecei a escrever neste blog, levava o ofício meio que na brincadeira. Tanto é verdade que, nos três primeiros anos, postava textos de forma bem esporádica (leia-se com intervalos espaçados).

Ano passado, no entanto, tomei uma atitude, ao meu ver, bem interessante, a qual foi determinante para o crescimento do site.

Em resumo, adquiri um domínio .com junto à internet e troquei o nome originário do blog (arfh-arfh.blogspot.com) para SegundaDose.com, o que fez toda a diferença.

O novo nome, que é de fácil assimilação, facilitou e muito a divulgação do site, o que, sabemos, é algo muito importante no mundo virtual.

Foi a partir da mudança do nome que comecei a levar o site a sério.

A principal mudança, no entanto, se deu pelo fato de que passei a postar textos com mais frequência, algo em torno de um a cada dois dias.

Querendo ou não, pessoas que têm o hábito de acompanhar um blog gostam de ler textos novos sempre que o acessam.

Algo que me surpreendeu bastante nesses anos foi o fato de conseguir leitores assíduos. Isso porque sempre achei difícil manter as pessoas interessadas naquilo que você escreve.

A verdade é que sempre que me posiciono a respeito de determinado tema, seja ele polêmico ou não, corro o risco de perder a "audiência" de pessoas com opiniões discordantes.

Por outro lado, é muito interessante ver pessoas discordarem de coisas que posto e, mesmo assim, continuarem acessando o site. Isso só mostra que mereço o respeito daquelas.

Algo de que não abri mão nesses anos foi repassar ao leitor, através de textos como este, o meu modus operandi. A forma como ajo no comando deste blog.

Talvez seja um opinião isolada, mas percebi que as pessoas gostam muito de saber como as coisas funcionam por detrás da cortina. Não sei explicar ao certo, mas parece que tal atitude dá maior credibilidade aos textos publicados.

Em suma, acho que esses quatro anos de site foram muito importantes para mim, porquanto sinto que cresço como pessoa a cada texto publicado.

Pode parecer estranho, mas ordenar os pensamentos em um texto público funciona para mim como uma espécie de autoterapia.

E como escrever é uma arte que necessita de eterno desenvolvimento, espero escrever cada vez mais no decorrer dos anos.

Escrever, como já disse outras vezes aqui neste espaço, é deveras prazeroso. Sem qualquer dúvida, uma das coisas que mais gosto de fazer.

Simples assim.

Aquele abraço às pessoas que, de uma forma ou outra, acompanham este blog.

Ps. em letras miúdas: Comentários são sempre bem-vindos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coisa de maluco...

Foto: rodolfovasconcellos.blogspot.com

Acordei com uma disposição incomum. Sentia-se mais novo, mais leve.

Olhei para o lado e vi que minha esposa já havia se levantado. Não dei muita importância, a princípio.

Assim que levantei, no entanto, percebi algo estranho. Então, dirigi-me até a sacada e confirmei minhas suspeitas. Havia mesmo algo estranho, só não sabia o quê.

Demorou alguns segundos até eu perceber que um silêncio inquietante tomava conta do ambiente, o que era bastante incomum para um sábado pela manhã.

Notei que não havia pessoas na rua. Nenhuma, para ser mais exato, assim como nenhum carro em movimento.

Logo pensei que deveria ter ocorrido algum tipo de tragédia. Assim, liguei a televisão em busca de informações. Estranhamente, todos os canais estavam sem sinal.

Fiquei ainda mais preocupado, sobretudo porque minha esposa não estava em casa.

Assim, desci correndo as escadas do prédio, e só parei quando os raios solares cegaram-me. Olhei para a direita, depois para a esquerda, e nada.

Corri até um posto. Ninguém.

Atravessei a rua ainda mais rápido e invadi uma loja de departamentos. Nada além da música ambiente comum a esse tipo de estabelecimento.

Rodei mais um pouco até perceber que tudo continuava no mesmo lugar, exceto as pessoas.

- Onde todos foram parar, afinal? - perguntei-me em voz alta, finalmente.

Estava adentrando no auge da aflição quando meu telefone celular tocou. Simplesmente, senti alívio ao ouvir o toque polifônico do meu aparelho da idade da pedra.

Olhei no display e vi o nome da minha esposa. Sorri sozinho.

- Alô - eu disse.

- Meu Deus! - retrucou minha esposa do outro lado da linha. - Onde você está? Estamos todos preocupados...

- Como assim? - perguntei.

Em seguida, ouvi calado minha esposa dizer-me que fazia 4 dias que não me via. Explicou-me que todos estavam à minha procura, inclusive a polícia.

Tentei convencê-la de que eu também estava em casa, mas foi em vão. Ela, obviamente, achou que eu estava fazendo uma brincadeira de mau gosto.

Então, após meia hora de conversa, desisti de tentar argumentar. Até porque minha esposa não era dada a brincadeiras.

Se ela estava afirmando que era eu quem não estava em casa, de alguma forma aquilo era verdade.

Mas onde eu estava, afinal?

A primeira coisa que me ocorreu foi que eu deveria estar dormindo. Contudo, o realismo extrapolava as barreiras do sonho, o suficiente para rechaçar esta hipótese.

Lembrei-me, então, de uma teoria sobre o Universo Paralelo, que um amigo havia me contado meses antes. Sim, haveria de ser isso.

Até porque não havia outra hipótese plausível. Não mesmo.

O curioso nessa história toda é que quando meu amigo falou sobre a dita teoria do Universo Paralelo, chamei-o de louco. Sem receio, enchi a boca para chamá-lo de MALUCO, com caixa alta, negrito e tudo o que tem direito.

Lembro dele ter mencionado que o tempo nos dois universos transcorria de forma diferente, o que explicava o fato de eu estar desaparecido há quatro dias.

Comecei a pensar na ironia e ri sozinho. Quem diria, eu, um cara cético, estava preso em um Universo Paralelo. Logo eu.

No entanto, quando estava quase me acostumando com a ideia, senti algo estranho acontecer.

Abri os olhos. Só quando vi minha esposa deitada ao meu lado é que me dei conta que tudo não passara de um sonho.

- Universo Paralelo... - balbuciei baixinho, sorrindo.

- O que você disse, amor? - perguntou minha esposa, ainda com cara de sono.

- Nada não - respondi. - Coisa de maluco, amor. Coisa de maluco...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Festival em LM!


Sábado passado, aconteceu em Lauro Muller o primeiro Rock in Rio do Rastro.

O evento, que foi muito bem organizado pelo pessoal do Estúdio Paranóids, contou com a presença de várias bandas da região, inclusive a minha e dos meus amigos.

A festa estava muito legal. E, sem dúvida, não faltou música boa e cerveja gelada.

Para ver as fotos do evento, acesse o site do Portal Rio do Rastro (Clique aqui).

Segundo o pessoal da organização, ano que vem tem mais.

Esperamos que sim!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O caminho é longo...


Foto: oglobo.globo.com

Semana passada, foi amplamente noticiada na mídia a prisão do famosos traficante "Nem".

Muito embora eu não goste muito de escrever textos sobre temas em evidência, não posso deixar de mencionar algo que percebi.

Com certeza não fui o único a notar tal fato, mas tenho certeza que muita gente nem se deu conta.

A prisão do traficante foi praticamente ofuscada pela informação de que os policiais militares que efetuaram sua prisão teriam recusado suborno no valor aproximado de R$ 1.000.000,00 de reais.

Tanto que os policiais que prenderam o traficante viraram verdadeiros heróis nacionais, diante de seu comportamento "pouco" ortodoxo.

Pois bem.

Embora louvável a atitude, não estavam apenas cumprindo seu dever?

A verdade é que não fizeram mais do que a obrigação. Nem mais, nem menos.

Ah, mas se fossem outros policiais, aceitariam o dinheiro sem pestanejar. Aceitariam porque são corruptos, indignos do parco salário que recebem no final do mês.

Na minha opinião, o servidor público que ignora suborno no valor de R$ 5,00 merece tanto reconhecimento quanto aqueles que efetuaram a prisão do traficante.

A corrupção não possui relação com quantidade, mas com caráter.

O cidadão/servidor/homem correto recusará a cifra que for por caráter. E, com toda a certeza, dirá a plenos pulmões:

- Não fiz nada mais do que minha obrigação. Nada mais.

O fato daqueles policiais viraram exemplo só demonstra o quanto nosso país precisa evoluir. O quanto a ordem das coisas está invertida.

E o caminho para mudarmos essa situação (leia-se educação) é longo.

Muiiiiiiiiiiiiito longo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Enquete!!


Eu e meus amigos temos uma banda. Contudo, estamos com alguma dificuldade para conseguir um nome.

Não queremos um nome qualquer, mas um que capte a essência da banda.

Então, nada mais justo do que apelar para a opinião dos amigos. 

Quase acreditaram nessa história de essência, certo?

Na verdade, estamos em dúvida quanto a dois nomes, sendo ambos inspirados no "Chaves".

Os nomes são

14 meses --> uma alusão óbvia à quantidade de alugueis não pagos pelo Seu Madruga.

Aerolitos (ou Aerólitos) --> Da famosa frase: "não são pedras, são aerolitos".

Escolha um dos nomes e participe da enquete ao lado!

Ps. Se não gostou de nenhum dos nomes, deixe um recado com sua sugestão.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Testemunhas do avanço tecnológico

Estava conversando com um amigo sobre o surgimento da internet no Brasil: um verdadeiro acontecimento, para quem não se recorda.

Lembro que, em 1995 ou 1996, meu pai comprou um computador e instalou a bendita internet. À época, um avanço e tanto.

Só para contextualizar, tínhamos instalado em nosso PC o Windows 3.11, o antecessor do famoso Windows 95 (os nerds de plantão sabem do que estou falando).

Sem contar que para jogar alguns jogos, tinha que usar alguns comandos do MS-DOS, o que, tenho certeza, muita gente não faz nem ideia do que seja (vide a foto ao lado).

Mas voltando ao assunto, a internet da época era algo bizarro. Além de discada, era extremamente lenta. Quase arrastada.

No entanto, ainda sim era considerada um acontecimento. Tanto que, no começo, reuníamos todos no quarto para acessarmos a tão aguardada WEB.

Anos mais tarde, no entanto, aconteceu um "BUM" igualmente impactante, ao meu ver. Estou me referindo à telefonia celular.

Pasmem, mas muita gente não sabe que, no passado, não estávamos sempre à disposição dos outros. Ou estávamos em um lugar fixo, ou éramos uma incógnita.

De uma forma um tanto inocente, havia um suspense no ar. Afinal, a imaginação ia muito mais longe quando, por uma razão qualquer, algo nos impedia de nos comunicarmos com os outros.

Hoje, no entanto, parece haver uma histeria coletiva, diria quase um obsessão, quanto à localização dos seres humanos.

Isso porque, nos dias atuais, as pessoas ficam chateadas com você caso não atenda o celular, algo totalmente descabido num passado nem tão distante.

Tudo isso me fez refletir sobre as novas tecnologias que virão com o futuro. O que mais hão de inventar?

Embora seja um inequívoco sinal de que eu estou ficando velho, acho interessante vivenciar essas mudanças drásticas tão importantes para o homem moderno.

Guardadas as devidas proporções, sinto que estamos revivendo o mesmo que nossos pais quando do surgimento da televisão, luz elétrica para toda a massa, etc.

O negócio é preservar bem a memória para podermos compartilhar essas informações no futuro.

Afinal, será bem interessante dizer que presenciamos tudo isso. Bem interessante.

domingo, 6 de novembro de 2011

Não aos comentários anônimos!


Foto: saodomingossefm.blogspot.com

Vez ou outra surgem alguns comentários anônimos nos textos que publico neste blog.

Sei que não é um problema exclusivamente meu, porquanto todo blogueiro, vez ou outra, deve sofrer desse mal. 

Ocorre que fico intrigado com o comportamento dessas pessoas anônimas.

Simplesmente não entendo o motivo que leva alguém a fazer comentários, sejam eles perspicazes ou não, sob o manto do anonimato.

A primeira ideia que me passou pela cabeça, por uma questão de dedução lógica, é que agem dessa forma para ficarem mais corajosos.

Mas, após refletir um pouco, cheguei à inevitável conclusão de que não existe nada mais covarde do que ter medo de expressar a própria opinião.

Afinal, se você tem vergonha de compartilhar com os outros aquilo que você pensa ou, ainda, de criticar a opinião alheia, você não passa de um medroso.

Não me importo em ser criticado, eis que a crítica, por si só, engrandece. Prefiro, contudo, que o autor se identifique, o que, parece-me, não é pedir muito.

Minha curiosidade quanto à origem dos comentários, no entanto, não se restringe aos comentários negativos, porquanto quero saber quem está por detrás dos elogios, muito embora o anonimato nesses casos seja exceção.

Acho bem interessante saber quem são os leitores que agrado. Saber quem anda lendo as coisas que escrevo.

Enfim, penso que não existem motivos plausíveis o suficiente para justificar o anonimato.

Ou será que existem? 

sábado, 5 de novembro de 2011

1 ano do livro Segunda Dose!



É com muita satisfação que anuncio que o meu livro - Segunda Dose, da Editora Baraúna (SP) - está completando 1 (um) de aniversário (se é que livros completam aniversário).

Há um ano atrás, aquilo que parecia algo inalcançável acabou tornando-se realidade. E é difícil expressar em palavras o quão é legal ter um livro seu publicado.

A obra vendeu razoavelmente bem, sobretudo para um desconhecido como eu.

Mas, sem dúvida, o mais interessante nesse processo todo é o feedback que venho recebendo das pessoas que leram o livro. É realmente muito legal saber a opinião dos leitores sobre meu primeiro romance.

Uma coisa muito curiosa, que acontece com certa frequência, é a reação das pessoas que me conhecem quando pergunto se gostaram do livro. Dizem, com uma cara de espanto, que não esperavam um livro bom.

A sensação que tenho, talvez equivocada, é que compram o livro meio que na parceria ("para ajudar"), e se surpreendem com o resultado final, tudo isso somente por me conhecerem.

Certa vez, um amigo disse-me que preferiu o "Segunda Dose" ao "O caçador de pipas". Este, talvez, seja um dos elogios mais interessantes que recebi até agora. 

O que eu mais gostei, no entanto, foi ver meus amigos discutindo sobre a personalidade dos personagens. Fiquei com uma cara de bobo, pensando: "Cara, eles estão discutindo o comportamento de personagens que eu inventei... Muito bizarro...".

Não poderia deixar de citar, é claro, as resenhas positivas que recebi no decorrer desse ano. Guardo com muito carinho a opinião de alguns blogs literários.

Enfim, tenho muito a comemorar após esses 12 (doze) meses de publicação.

Vida longa ao livro Segunda Dose!

Ps. Daqui um mês, o blog SegundaDose.com completará 4 (quatro) anos de vida. Aguardem!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Terminologias sem fim

Foto: horademudar.com.br

Já pararam para reparar quantas novas terminologias estão nascendo a cada dia?

Até bem pouco tempo atrás, ninguém sabia o que era bullying. Mal transcorreu tempo o suficiente para as pessoas aprenderem a expressão, agora já inventaram o auto-bullying.

Onde esse mundo vai parar com tantas terminologias?

Talvez eu esteja exagerando, mas acredito que vai chegar o dia em que não saberemos distinguir o signifcado de  tantas expressões, sobretudo pela especificidade dos termos.

Quando era adolescente, lembro que ninguém sofria de depressão propriamente dita. Agora, contudo, existe uma imensidade de pessoas sofrendo desse mal, como daqui a pouco existirão outras tantas sofrendo de auto-bullying.

Involução pura, ao meu humilde ver.

Será uma nova tendência da humanidade catalogar novas doenças ou apenas mais um subterfúgio para vender cada vez mais livros?

De qualquer forma, sempre fico meio desconfiado quanto a essas inovações meio sem sentido, sobretudo pelo fato de que há sempre alguém lucrando por trás de tudo isso.

O problema é que o ser humano é ingênuo por natureza. Parece gostar (e muito) de ser enganado.

Na dúvida, fique esperto. Do contrário, daqui alguns anos você estará tomando cápsulas para auto-bullying e reclamando dia após dia do seu "eu" sabotador.

Afinal, para que sabotar os outros se você pode sabotar a si mesmo? 

Certo, especialistas?