quarta-feira, 30 de abril de 2008

Educação Já!

Foto: http://faggiani.files.wordpress.com/2006/08/sala_aula.jpg

Segunda, dia 28/04, foi o dia da educação. A princípio, uma data muito especial, digna de diversas comemorações. Entretanto, não é o caso de nosso país.

Ainda que existam muitas pessoas esforçadas, muitas escolas e comunidades empenhadas no aprendizado de seus alunos, isso não passa de exceção. É visível que vivemos em um país hipócrita, em que muitos professores fingem que ensinam e alunos fingem que aprendem.

Todos sabemos que a educação é um dos pilares do crescimento, então por que ninguém faz alguma coisa para mudar o cenário atual? Se nós elegemos políticos a cada quatro anos, no intuito de que nos representem e ponham em prática nossos ideais, por que eles não fazem nada nesse sentido?

A educação no Brasil é algo triste, para não dizer deplorável. É lamentável como as crianças deste país – as quais também poderiam ser denominadas “vítimas” – são educadas.

A culpa, como não poderia ser diferente, não é dos alunos. Crianças e adolescentes não têm interesse em aprender química ou biologia, querem apenas aproveitar a vida que começa a aflorar diante de suas jovens percepções. Os jovens precisam de estímulos, incentivo e, até mesmo, de alguém responsável que “pegue no seu pé”.

Ademais, nunca é demais lembrar que a educação começa em casa. Precisamos de mais caráter no seio familiar, de mais respeito ao próximo, de mais zelo na criação de nossos filhos. Em que pese todos saberem disso, ninguém o faz... Sem isso, de nada adianta uma educação de qualidade na escola.

Precisamos investir muito mais na educação escolar, sobretudo nas escolas públicas. De que adianta incentivarmos um professor a desenvolver um bom trabalho se, no fim do mês, seu trabalho não é monetariamente recompensado. É fácil dizer que os professores trabalham por amor à profissão, mas difícil mesmo é receber a sua parca remuneração.

Se ser professor é uma profissão tão bela e digna, por que você não larga seu emprego e não vai ser professor? É fácil usar tal argumento quando se é bem remunerado.

Aumentar o salário da classe docente, mais do que uma obrigação política, é uma obrigação moral, digna de uma urgência médica. Não, não sou professor, porém abraço a causa desses profissionais tão prejudicados e tão importantes para a sociedade. Não é preciso ser nenhum gênio para saber que, quanto maior a remuneração de um professor, maior será a procura por tal profissão, em que se destacarão aqueles mais qualificados.

Enfim, nosso país é uma vergonha no que se refere à educação. Se, aqui no sul, a educação pública já é fraca, imagine no nordeste, uma região rodeada por cidades pobres.

Precisamos de mudanças! Precisamos de educação de verdade!

Um dia desses, acabei ajudando a dois jovens. Pediam, dentre outras coisas, ajuda para fazerem aquilo que deveria ser gratuito e universal: estudar! Ora, o que há de errado com o mundo? Por que tanta desigualdade? Por que apenas pessoas com dinheiro podem ter acesso a bons estudos? Universidades públicas, como é do conhecimento de todos, não são acessíveis à população carente. Precisamos mudar enquanto há tempo, nem que seja apenas a mentalidade!

Mais educação - é disso que o nosso país precisa!

Educação já!

sábado, 12 de abril de 2008

O futebol nosso de cada dia

Foto: retirada junto ao site http://www.futebolnews.com/galerias/wallpaper/futebol.jpg

I - O fato hipotético

Imaginemos uma partida de futsal. O jogo transcorria normalmente, até que seu time perdeu um gol incrível, daqueles que irão fazer uma falta considerável na apuração do resultado final, já que perder por 13 a 0 é muito menos vexatório do que perder por 14 a 0.

Não bastasse tal acontecimento, o time adversário, imbuído em aumentar o escore deveras dilatado, e com uma vontade inerente a qualquer atleta que joga uma final de copa do mundo, arranca em direção ao seu campo de forma inescrupulosamente voraz.

Até o momento, tudo parece perdido... Parece!

II – O senso de coletividade

Você, inconformado com a iminência de mais um gol em desfavor de seu segundo time do coração, e com uma perspicácia coletiva inimaginável em outros esportes que não o futebol, levanta-se e parte desesperadamente em direção ao seu campo de defesa.

Embora nada pareça mais claro e consumado que o gol do adversário, assim como a conseqüente derrota momentânea do orgulho pessoal de cada jogador do seu time, você corre como nunca, chegando a ouvir seu inconsciente gritar: “run Forest, run”!

III – A defesa

Em frações de segundo, o atacante adversário dribla o goleiro do seu time e, quando já está quase correndo para os braços da torcida imaginária, chuta para o gol vazio...

De repente, você – assim como um guerreiro tribal – dá um carrinho transcendental e salva aquilo que parecia já concretizado, levando ao delírio todos os outros quatro jogadores do seu time. Afinal, em uma visão otimista, de dar inveja até mesmo à minha mãe (diga-se de passagem, a pessoa mais otimista do Universo), não há mais gol a lamentar, e sim uma defesa a comemorar.

IV – A dúvida

Ao se jogar em direção à bola, lamentavelmente, as marcas da batalha evidenciam-se em seu corpo. Sua perna fica machucada. Seu calção, como uma armadura amassada, rasga-se... Enfim, efeitos colaterais da força de vontade.

Como não poderia ser diferente, perguntas emergem dos fatos mencionados, destacando-se as seguintes:

Se você soubesse que iria se machucar, teria salvo aquele gol?
Ou, ainda, se você soubesse que o fato de salvar aquele gol em nada mudaria o resultado da partida, você o salvaria mesmo assim?

V – Conjecturas

De fato, fazer um gol é algo incrível, indescritível. Para alguns, o que há de melhor nesse mundo. Para alguns, não para mim (registre-se). Porém, por vezes, aquilo que era para ser algo imensurável, acaba por não se mostrar tão belo, seja pelo implícito egoísmo de quem faz o gol ou daquele que o pretendia fazer.

A defesa, diferentemente, traduz a comemoração mais pura de um lance de futebol. Todos os jogadores, sem exceção, comemoram a defesa de um “quase-gol”, que dirá de um gol praticamente consumado, hábil a ensejar a humilhação semanal do seu time.

Mais do que isso, inunda os jogadores de uma garra até então deixada de lado, o que resulta num esforço coletivo desumano em busca da vitória impossível, pelo menos na situação acima proposta.

Gratificante saber que um lance defensivo, antagônico ao objetivo primordial de uma partida de futebol, qual seja, a concretização do gol, é dotado de uma beleza surpreendente.

Diria, finalmente, que mais prazeroso é a possibilidade de filosofar sobre algo tão paradoxalmente simplório e denso. Penso que tudo na vida se resume a isto: Simplificar torna tudo mais fácil, porém complicar torna tudo mais legal.

sábado, 5 de abril de 2008

Depressão "genérica"






Você conhece alguém com depressão? Poderia, aqui, citar umas vinte e seis mil pessoas que se dizem portadoras dessa doença. Alguém me diga: - Qual o problema das pessoas?

Não sou médico, tampouco psicólogo ou psiquiatra, mas convenhamos que é fácil perceber que essa é a doença da moda. Parece-me que virou a desculpa preferida do “Movimento dos Sem Força de Vontade”.

Acredito, realmente, que há pessoas depressivas. Refiro-me, nesse texto, apenas às pessoas portadoras da “pseudo-depressão”, que atribuem a si algo totalmente inexistente. Para esse tipo de pessoa, é preferível complicar a facilitar, e aí que mora o problema.

A felicidade, como todos estamos cansados de saber, é algo que se conquista nas coisas mais simples. Será tão difícil entender isso?

Claro, no pobre entender dessas pessoas, é mais fácil utilizar-se dos mais variados antidepressivos a enfrentar a vida real. Esconder-se atrás de uma caixa de remédio é mais fácil... não?

Não bastasse o mal considerável que fazem a si mesmas, essas pessoas sobrecarregam o Sistema Único de Saúde do País, tirando as benesses da gratuidade daqueles realmente necessitados, dada a limitação dos medicamentos eventualmente distribuídos.

Não é demais lembrar que quem paga o tratamento dos “pseudo-depressivos” é você, caro contribuinte. Dinheiro esse que poderia ser investido na educação! É lamentável que vivamos num país assim, assolado por uma doença dissimulada, um legítimo delírio coletivo.

A culpa é nossa! Não podemos fomentar tal situação, elegendo-os coitadinhos da vida moderna. Todos deveriam mobilizar-se enquanto há tempo, antes que os “pseudo-depressivos” façam uma revolta armada, criem uma associação paramilitar e tomem de assalto o Governo das pessoas felizes. Afinal, há que pense ser bonito estar com depressão. Vai entender...

E você, “pseudo-depressivo”, se por ventura estiver a ler este texto, saberá do que estou falando. Então, faça um favor ao mundo e pare de utilizar-se dos problemas, os quais são comuns a todos, e viva a vida intensamente, sem se esconder sob as asas tristeza.

O HOMEM PODE SER TUDO, MENOS COVARDE.