segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Dezembro

Sempre gostei muito do mês de dezembro.

Especialmente dessa atmosfera peculiar que só os últimos 30 dias do ano são capazes de nos proporcionar.

Das casas iluminadas; das pessoas na rua até mais tarde comprando presentes umas às outras; exercitando-se; lotando pubs; fazendo ações solidárias, etc.

Da chegada do verão, que, concorde você ou não, é a melhor das estações (este espaço não é nada democrático). 

E, acima de tudo, das festividades. 

De sentar na sala vestindo a melhor roupa e beber uma cervejinha estupidamente gelada, tudo enquanto nossos entes queridos preparam uma refeição calórica o bastante para acabar com a fome no mundo. 

De arrancar um sorriso da mulher que eu amo ao surpreendê-la com um presente que possivelmente superará suas expectativas (spoiler mode on).

Da semana para lá de retrospectiva que separa o Natal do Ano novo.

Até mesmo do infindável especial do Roberto Carlos eu gosto.

"Se outro cabeludo aparecer na sua rua..." 

Da iminência de um novo ano e das expectativas que criamos sobre ele.

De inundar o estômago com "espumante" de qualidade duvidosa após ter ingerido quantidades abusivas de cerveja.

Das superstições. 

Mesmo porque, ninguém confiável, em condições normais de temperatura e pressão, comeria lentilha porque tem vontade, tampouco dissecaria uvas na busca incessante por exatas 12 sementes.

Enfim, do ritual de passagem propriamente dito.

Não se pode negar, dezembro é um mês realmente interessante.

Diferenciado.

Ocorre que, apesar do meu manifesto entusiasmo com esse um doze avos de ano, fazia algum tempo que não o celebrava de forma adequada.

Por mais que estivesse bem sozinho, sentia que faltava algo.

Alguém, na verdade. 

Uma pessoa especial com quem pudesse dividir tudo isso.

Uma pessoa que, felizmente, não falta mais. 

Tudo, absolutamente tudo, me faz crer que este será um dos melhores meses de dezembro que já vivi, senão o melhor.

Nada me resta, pois, senão desejar que vocês tenham um fim de ano tão bom quanto o meu.

No mínimo, igual.

Feliz Natal, caros amigos!

Feliz Natal!

(e um ano novo também)