sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pessoas talentosas...


Foto: chicletedecarnemoida.blogspot.com

Admiro muito pessoas que se reinventam. Muito mesmo.

Sabe aquele tipo de gente que, quando menos se espera, acaba surpreendendo a todos? Que provoca reações do tipo: "cara, como você consegue fazer isso?".

Pessoas com apenas um talento são chatas. Monótonas. Às vezes, arrogantes. 

Quem foi que disse que saber muito de pouco é algo realmente nobre?

Prefiro os multitalentosos. Aqueles que costumam deixar os outros estupefatos. Os que, mesmo não sendo mágicos, sempre têm uma carta na manga para tirar.

Ainda que você faça parte deste seleto grupo, aposto que também conhece um ser humano repleto de aptidões. E são exatamente estas pessoas pelas quais tenho respeito. Admiração.

Afinal, diferente da grande maioria que nunca se sobressai, aquelas são esforçadas, dedicadas. Sem dúvida, um exemplo para a grande massa.

Se é óbvio que devemos nos espelhar em pessoas que realmente valham a pena, por que nem todos fazem isso? Será preguiça? Alienação, talvez?

Não sei ao certo.  

Assim como não sei mais o motivo que me fez escrever este texto.

De qualquer forma, acho que pessoas multitalentosas merecem um mínimo de respeito. Afinal, são elas que nos servem de inspiração...

Estou errado?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Líquido precioso amarelo

Foto: abril.com.br


Existem coisas nesta vida que fazem toda a diferença.

Tomemos como exemplo uma cerveja (se você quiser tomar no sentido literal, fique à vontade).

Embora beber uma cerveja seja algo relativamente simples, à disposição de qualquer mortal com idade superior a 18 anos, é também algo extremamente prazeroso.

Vale ressaltar que não precisa ser uma cerveja cara ou importada. Basta que esteja gelada. Muito gelada, de preferência.

Poderia entrar no mérito de qual marca comprar ou mesmo sobre a quantidade a ser ingerida, mas a questão é a sensação de bem-estar que ela nos propicia.

A cerveja representa o descansar do trabalhador após um dia extenuante. A diversão para os mais jovens. A confraternização para todas as idades. Aquilo que une pessoas diferentes.

Não é do agrado de todos, é verdade. Mas há quem ainda não descobriu os prazeres desta bebida tão nobre.

Lembro que no começo da adolescência, dizia que jamais iria beber cerveja. Por que alguém em sã consciência beberia algo amargo, perguntava-me à época. 

Hoje, no entanto, é minha bebida favorita.

Gosto desta bebida, em especial, porque ela faz o seu trabalho de forma gradual. Sem sustos. Sem choques prematuros e desgostosos.

Conheço muita gente que precisa relaxar e beber uma cerveja. Talvez este ato seja o suficiente para desencanar um pouco dos problemas do dia a dia.

Diferente do que alguns pensam, a vida foi feita para ser aproveitada. E nada melhor do uma cervejinha gelada para acompanhar uma porção grande de felicidade.

Beber o líquido preciso amarelo é um ato simples que pode fazer toda a diferença. 

De qualquer forma, um abraço para aqueles que, assim como eu, apreciam uma boa cerveja.

Vivamos, amigos! Vivamos!

terça-feira, 26 de abril de 2011

A lua como testemunha...

Foto: overmundo.com.br

Rafael era casado há 7 longos anos. Sempre dizia aos amigos mais próximos que seu casamento era uma verdadeira tragédia. Um desperdício de tempo. 

Definitivamente, não era um homem feliz.

Nos últimos meses, no entanto, não era apenas seu casamento que o incomodava. Seu atual problema tinha nome e sobrenome: Marta Silvestre.

Marta – o problema – era sua amiga. Mesmo sendo alguns anos mais nova, mexia com todos os alicerces de Rafael, como jamais outra mulher fora capaz de fazer um dia.

Era difícil para Rafael resignar-se, mas a verdade é que estava completamente apaixonado por Marta. Completamente. 

Como moravam em cidades diferentes, conversavam vez ou outra em festas promovidas por amigos afins. Nada muito íntimo, porquanto a esposa de Rafael era uma ciumenta implacável.

Ocorre que Rafael havia sucumbido àquele sentimento incontrolável, de modo que precisava encontrar uma forma de expressar para Marta a paixão que o consumia por dentro

Pensou em ser o mais breve possível. Para tanto, bastava-lhe pegar o telefone e contar tudo que se passava no seu peito. Algo teoricamente fácil.

Mas, assim como qualquer pessoa casada, teve medo das possíveis consequências. Algo sempre pode dar errado nesses casos...

Na última reunião com os amigos, cruzou seu olhar com o de Marta inúmeras vezes no decorrer da noite. Tinha a certeza que, de alguma forma, ela entenderia o que se passava com ele. 

No entanto, por mais que se esforçasse em demonstrar interesse, não tinha certeza se Marta sabia dos sentimentos que o envolviam.

A verdade é que estava na dúvida entre arriscar ou não. De qualquer forma, precisava tomar uma atitude o quanto antes. Sair da inércia, como costumava dizer seu avô.

Num ato impensado, marcou outro encontro com os amigos. Seria esta a oportunidade perfeita.

Tão-logo certificou-se de que Marta iria à festa, deu um jeito de livrar-se da esposa. Como não a amava mais, não foi algo tão difícil assim.

Sentiu um pouco de remorso ao fazê-lo, é verdade, mas julgou tal ato imprescindível para a conclusão de seu plano. Ademais, impossível declarar-se para Marta com a esposa do lado.

Dias mais tarde, chegou enfim o tão sonhado evento.

Os amigos estranharam a ausência da esposa de Rafael. Contudo, estavam gostando da nova faceta do amigo, que estava se mostrando bastante interessado no assunto de todos.

Após trocar diversos olhares com o objeto da sua paixão, resolveu agir. Com alguns resquícios de reticência, atravessou a sala que os separava e pegou na mão de Marta; tudo sob o atento olhar dos amigos.

Em seguida, conduziu-a até a rua. Contornaram a casa e foram até os fundos desta, em que o breu só era interrompido pela lua que se estendia sobre suas cabeças.

Nem mesmo o murmúrio que vazava pelas frestas das janelas conseguiu estragar o tão sonhado encontro. Tudo estava deliberadamente perfeito.

Então, após alguns segundos de um absoluto silêncio, Marta perguntou-lhe:

- O que você quer comigo, Rafa?

Rafael não disse nada. Apenas limitou-se a beijá-la.

Marta, que não demonstrava qualquer sinal de espanto, retribuiu o beijo com fervor. Foi um beijo carinhoso. Suave. Quase um sonho...

Ela, então, colocou sua delicada mão sobre os lábios de Rafael e disse-lhe com a voz suave:

- Eu sei, querido... Eu sei...

Em seguida, virou-se e foi embora da festa.

Após aquela noite, Rafael e Marta nunca mais se viram. 

Viveram suas vidas de forma autônoma. Um sem o outro, pelo resto de seus dias.

Desde então, Rafael não pode ver a lua, porquanto basta esta iluminar a noite para que uma lágrima role por seu rosto. 

No fundo, sabe que o luar jamais voltará a ter o mesmo brilho... A mesma intensidade...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meu primeiro porre!

Foto: bellrockpub.com.br

Dizem que o primeiro porre a gente nunca esquece. E posso lhes assegurar que tal afirmação é a mais pura verdade.

Aconteceu quando eu tinha 16 anos, mas lembro como se fosse hoje.

Atrás da minha casa, tinha um casebre de madeira que eu e meus amigos havíamos apelidado de "no stress 2". Não me pergunte o porque do nome, mas foi lá que fizemos as primeiras festas da turma.

À época, eu e minha esposa ainda namorávamos escondidos, de modo que nunca podíamos sair juntos. Então, costumava ficar em casa com os amigos.

Quando meus pais saiam, nós comprávamos algumas bebidas e curtíamos os conhecidos efeitos do álcool. Na verdade, éramos apenas adolescentes conhecendo um dos melhores amigos do homem.

Numa noite de sábado, em que mais uma vez não pude desfrutar da companhia de minha esposa (à época, namorada), eu e um amigo tivemos a "brilhante" ideia de comprar um litro de conhaque.

Estava na cara que aquilo não iria acabar bem.

Já tinha bebido antes e coisa e tal, mas nunca como acabaria fazendo naquela noite. 

Não bastasse a péssima escolha para a bebida, resolvemos beber o conhaque sem qualquer acompanhamento. Revesamo-nos entre "martelinhos". 

Uma lástima...

Não preciso dizer que no outro dia meu estômago estava virado em migalhas.

Ao ser indagado por meu pai acerca do que havia me feito mal, coloquei a culpa no cachorro-quente, claro. A única barraquinha de cachorro-quente da cidade (acredite se quiser) sempre leva a culpa. Sempre!

Naquela manhã, soando da forma mais clichê possível, falei uma das frases mais conhecidas do mundo:

- Nunca mais vou beber!

Claro que não parei de beber. No entanto, procurei (às vezes sem sucesso) não mais repetir o mesmo erro. Moderação/equilíbrio sempre é o melhor caminho.

Quando penso que existem pessoas que não bebem um pouquinho sequer, quase chego a sentir pena.

Afinal, é como dizem: "quem não bebe, não vê o mundo girar".

sábado, 23 de abril de 2011

A curva

Foto: looking4good.wordpress.com

Pedro estava cansado. Esta, aliás, era a única palavra capaz de expressar seu estado de espírito.

Cansado da vida, dos amigos, da esposa, dos familiares, enfim, de todos que o cercavam.

Era uma terça-feira à tarde quando teve um desses rompantes categóricos que nos acometem uma ou duas vezes na vida. Resolveu largar tudo. Tudo mesmo.

Com uma certeza ímpar, simplesmente mandou seu chefe à puta que o pariu e dirigiu-se ao shopping que havia ao lado da empresa na qual trabalhava.

Parou em frente ao caixa eletrônico e, sem titubear, sacou todo o dinheiro que seu limite lhe permitia. Não era muito, mas o suficiente para viver um ou dois meses sem passar qualquer necessidade.

Voltou para o carro sorridente. Sabia que estava prestes a cometer o ato mais louco de sua vida.

Com um olhar malévolo, ligou para a esposa e disse-lhe sem meias palavras que estava se mandando. Não explicou o motivo, apenas disse para não mais esperá-lo em casa. Nunca mais, frisou.

Pronto, havia executado a parte mais complicada de seu plano. Sabia que agora não havia mais volta.

Em quinze minutos, venceu todas as esquinas e sinaleiras possíveis. Em seguida, alcançou a estrada, o suficiente para que uma injeção de endorfina fosse liberada em seu corpo de meia idade.

Ligou o som no máximo e esperou que o Rock'n Roll levasse seu problemas embora. Nada como a sensação de liberdade, pensou.

Agora, Pedro não era mais um executivo, um cara casado ou um cidadão eterno pagador de impostos. Pedro era um viajante, um homem da estrada, um produto da vida desregrada.

Olhou para o display do celular e viu 17 chamadas de sua esposa e duas de seu chefe, o bastante para que atirasse o aparelho pela janela. Sua nova vida prescindia de eletrônicos.

Fodam-se todos, bradou em pensamento.

Ainda entorpecido pelos efeitos da endorfina, achou melhor acelerar seu veículo como jamais fizera. Sem regras de trânsito, guardas ou passageiros para criticar-lhe. Apenas ele e seu ímpeto. Nada mais.

Chegou rapidamente aos 180 km por hora. Algo relativamente fácil naquela estrada deserta e repleta de pistas. Quando estava ultrapassando a barreira dos 200 km, percebeu que uma curva sinuosa ganhava seu campo de visão.

Mas Pedro não queria frear. Se assim procedesse, voltaria ao estado de monotonia que o levara até aquela aventura. Queria fazer aquela curva como somente um Ayrton Senna seria capaz. 

Então, no auge de sua loucura, acelerou com um entusiasmo invejável. Tão-logo adentrou na curva, sentiu que não iria vencê-la.

Capotou aproximadamente 12 vezes antes de parar em frente a um poste cuja placa dizia "S.O.S". Que paradoxo - disse seu pai, horas mais tarde, ao saber do ocorrido.

Muitos boatos foram criados na tentativa de explicar a morte de Pedro. Mas a verdade é que ninguém nunca soube de verdade o que se passou na cabeça daquele homem médio.

O sorriso irônico que o cadáver de Pedro estampava no rosto contribuiu para alimentar a curiosidade das pessoas que haviam comparecido ao seu velório.

Todos, sem exceção, ficaram perplexos com a ousadia do amigo. 

Um dos presentes chegou a comentar que, se fosse para morrer, que fosse como o Pedro. Afinal, este parecia saber o que estava fazendo.

Parecia... 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Não leve a vida tão a sério


Foto: planetalaranja.blogspot.com

Não gosto de pessoas que costumam se levar muito a sério. Aquelas que acham que sua posição social (quê?) é algo realmente importante.

É muito fácil identificar uma pessoa assim. Quando você menos espera, uma delas cruza seu caminho.

É o cidadão que faz questão de assinar seu nome antecedido pelo abreviatura "Msc.", ou aquele cara super politizado que faz questão de compartilhar conhecimento com todos à sua volta, ou o advogado que faz questão de ser chamado de Doutor... 

Enfim, esse tipo de gente.

Não é preciso um diploma de psicologia para saber que essas pessoas possuem sérios problemas no que diz respeito à sua autoestima. Do contrário, não precisariam mostrar-se tão importantes.

Até porque o cara realmente importante não precisa se achar importante. Os outros já sabem disso.

Sabe quando alguém cita uma pessoa supostamente famosa e depois tem que explicar quem ela é? Mais ou menos isso...

Gostaria de saber o que se passa na cabeça desses seres humanos. O que os faz agir de forma tão sóbria. Tão chata...

Geralmente, pessoas assim costumam confundir trabalho com a vida pessoal. Fazem de sua vida uma semana de negócios... Uma extensão eterna de seu ofício.

Temos sim que ser responsáveis e fazer o melhor que podemos dentro do nosso ambiente profissional, mas não podemos confundir nossa vida pessoal com a forma com que ganhamos dinheiro.

Sempre que vejo alguém sério a ponto de chamar minha atenção, pergunto-me em pensamento: Qual é o problema desse cara?

Pena está longe de ser um sentimento nobre, mas é exatamente o que sinto quando vejo algumas pessoas cuja única "aptidão" é levar a vida a sério demais.

Ser muito sério faz mal à saúde. Mal ao caráter.

Como disse Oscar Wilde, "A vida é muito importante para ser levada tão a sério".

Sejamos mais descontraídos, mais leves. Mais felizes...

domingo, 17 de abril de 2011

O amor não tem idade...


Foto: yesitsmeagain.blogspot.com

Senhoras e senhores, vivenciei uma situação bem interessante neste domingo.

Eu e minha esposa fomos a um aniversário de criança na casa dos avós desta. Uma festinha como outra qualquer, se não fosse pelo caso inusitado que passarei a contar agora.

Logo que entramos, vi a avó da menina sentada ao lado de um senhor de idade (88 anos para se mais exato). Do outro lado da mesa, o avô (casado há mais de 50 anos com a avó) os olhava com um ar sóbrio.

Era perceptível que havia algo errado. Um ciúme aterrador parecia tomar conta do velho avô da menina.

A avó da aniversariante, cuja idade também se aproximava dois oitenta e muitos, estava se comportando de uma maneira bem diferente. Mais do qualquer coisa, estava mostrando uma disposição ímpar para conversar e trocar confidências com o senhor desconhecido (até então denominado "amigo da avó").

Naquele momento, aquela senhora não mais se comportava como a matriarca cansada por conta da idade avançada, mas sim como uma adolescente com os hormônios efervescendo.

Incrível o seu comportamento pouco ortodoxo frente àquele senhor. Nem mesmo o fato de seu marido de tantos anos estar sentado do outro lado da mesa foi capaz de arrefecer seu ânimo. Ela era uma alegria só, como jamais havia lhe visto antes.

Somente após o término da festa descobriu-se que aquele desconhecido era, na verdade, seu ex-noivo. Uma paixão encerrada há mais de 50 anos por conta desses desencontros da vida.

Vocês precisavam ver a cara de contentamento da avó da aniversariante. O sorriso incontido que ela trazia consigo no rosto não deixava dúvidas acerca da felicidade proporcionada por aquele reencontro.

Eu fiquei imaginando o que eles conversariam se estivessem sozinhos naquela casa. Afinal, mesmo com a família inteira de testemunha, não tiveram vergonha de demonstrar um pouco de afeto.

É por isso que gosto tanto da vida. São essas e outras situações que fazem dela uma experiência incrível e inigualável.

É impossível não se surpreender com o próximo... Impossível!

sábado, 16 de abril de 2011

Escrevendo


Às vezes, tenho a impressão que sou refém da escrita. Não raro, sinto-me pressionado por meu próprio blog.

É como se eu precisasse mantê-lo sempre atualizado, sob pena de sofrer uma sanção expressiva. Um castigo proveniente dos deuses escritores.

Sinto-me mal quando não escrevo, porquanto atualizar este blog já faz parte da minha essência. 

O engraçado é que gosto desta pressão exercida pelo meu lado escritor. Afinal, é ela quem me faz sempre seguir em frente.

Considero "o escrever" muito mais do que um passatempo. Faço deste ofício uma profissão informal. Um ganha pão moral. Algo exclusivamente meu.

Gosto da sensação de escrever por simples amor às palavras, sem dinheiro envolvido nem interesses escusos. Apenas palavras jogados ao léu, à procura de um leitor qualquer. Quiçá, um interlocutor.

Neste espaço, sou o gestor, o designer, o escritor, o corretor, o editor. Escrevo o que bem entender e ponto final. Simples assim.

Acredito que são essas paixões paralelas que nos definem. Mostram quem é quem neste mundo de pessoas superficiais.

Espero que a pressão exercida pelo meu "eu interior" continue ativa por muito tempo. Afinal, preciso dela assim como preciso de ar.

Escrevamos, então!

Um bom fim de semana aos leitores do blog.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Resenha!



Já leram a resenha do livro Segunda Dose publicada pelo site Literatura de Cabeça?


Danilo, proprietário do site, elaborou uma resenha incrível! Achei muito interessante seu ponto de vista. Sobretudo a forma como descreveu o personagem principal.


Segundo ele, "o autor criou uma galeria de personagens bem construídos e, de forma leve, mostra as desventuras dos relacionamentos modernos reais, quando a situação é de real contato humano."

Sem qualquer dúvida, uma das resenhas mais interessantes que já fizeram sobre o Segunda Dose

Clique aqui e leia a resenha na íntegra!

Abraço aos leitores.

Profissão: blogueiro



Queria atualizar meu blog 17 vezes por dia. Sempre com assuntos inéditos, interessantes e pertinentes.

Quem sabe viver dele... Em outras palavras, ganhar dinheiro com minhas insanidades. 

Em um mundo ideal (no sentido literal da palavra), isso seria excelente.

Você iria ao médico e a recepcionista lhe perguntaria ao preencher o cadastro: 

- Profissão?

E você, com um sorriso estampado nos lábios, responderia com a boca cheia:

- Blogueiro.

Seria legal... Não seria?

Poderia até mesmo existir um conselho regulador da profissão. Algo tipo "CRB-SC - Conselho Regional dos Blogueiros da Região de Santa Catarina (no meu caso específico). Tirando o fato de ter que pagar uma anuidade, seria o máximo.

Acredito que devam existir pessoas nessa condição.... Autores cujos blog's tenham milhares de acessos diários. Donos de páginas disputadíssimas por patrocinadores enlouquecidos. 

Até hoje - com exceção da minha esposa -, ninguém me pediu para estampar um anúncio no blog. Mas tenho certeza que ficarei muito feliz se um dia isso acontecer.

Algumas pessoas não entendem que ter um blog é uma forma de expressar sua arte pessoal. Muitos tentam, mas são poucos que sobrevivem neste mundo repleto de blogueiros.

É fácil criar um blog, mas mantê-lo ativo é uma história bem diferente. Ter um público cativo é mais difícil do que parece. 

No passado, atualizava o SegundaDose.com apenas para justificar sua existência. Um ato repetitivo, como alguém que recarrega os créditos de seu aparelho celular com medo de perder o número.

Hoje, no entanto, esforço-me mais. Faço deste passatempo quase um segundo emprego. 

Prometi a mim mesmo que um dia ainda vou ganhar dinheiro com meu blog. Não se trata do dinheiro em si, mas da valorização de um trabalho às vezes pouco reconhecido.

Se um dia tiver o privilégio de viver às custas dos meus textos, terei o prazer de compartilhar tal informação com os leitores deste blog. 

É complicado, eu sei. Mas como diria Renato Russo: 

"Como chegar até as nuvens com os pés no chão?"

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Você gosta de fotos?



Foto: segredosdafotografia.blogspot.com

Acho legal ver fotografias. No entanto, confesso que não gosto muito de ser fotografado. Para ser bem sincero, não gosto nem um pouco.

Não sei bem explicar o motivo, mas tenho um bloqueio quando preciso sorrir para uma máquina fotográfica. 

Definitivamente, não consigo abrir um sorriso forçado.

Não chego a fugir dos fotógrafos de plantão, como um cara que conheço. Porém, se der para evitar...

Sempre que penso a respeito, não consigo entender o que se passa na cabeça dessas pessoas fanáticas por fotografia. Essa obsessão de eternizar o momento não me parece muito saudável.

Hoje em dia, então, com a proliferação de redes sociais, você pode ser considerado um extraterrestre se não seguir a tendência de publicar suas fotos em um mural virtual.

Vaidade em excesso? Talvez sim, talvez não. 

Li, outro dia mesmo, que não devemos nos preocupar tanto em registrar momentos, porquanto a memória é a melhor das máquinas fotográficas.

É uma pena que não lembro o nome do autor do texto, mas fiquei contente por não ser o único ser humano no mundo a não dar tanta importância a essa coisa chamada fotografia.

Contemplar a paisagem ou o momento parece-me muito mais interessante que ficar disparando flash's incessantes. 

Óbvio que gosto de ver fotos antigas, sobretudo para rir do cabelo ou das roupas outrora usadas. Aliás, quem não gosta?

O que nos falta é equilíbrio...

Anos mais tarde, ao relembrar o momento, serão as "lembranças da memória" que farão a diferença, e não uma pilha de fotografias desbotadas.

Apenas a título de exercício, imagine se as máquinas fotográficas do mundo todo pifassem ao mesmo tempo. Sem dúvida, teria gente infartando...

Contemplemos mais e registremos menos. Esta é a minha proposta.

Simples assim...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Voltando ao passado

Foto: destemperadinhos.blogspot.com


Fui para Porto Alegre neste final de semana. Sábado à noite, em especial, foi bastante interessante.

Eu, minha esposa, minha irmã e cunhado fomos à Bianca, uma pizzaria que minha família costumava frequentar quando morávamos na capital gaúcha.

Em apenas uma palavra: nostálgico.

Acho incrível a pizza manter o mesmo sabor após 12 longos anos. Um sabor mágico, que nenhuma outra pizza no mundo será capaz de ter.

Estar lá sentado me lembrou muito a infância, quando eu, minha irmã e meus pais íamos até lá comer uma pizza metade cinco queijos, metade alho e óleo. Bons tempos aqueles.

Algumas coisas costumam nos marcar, e esta sem dúvida é uma delas. Por mais que os anos passem, jamais me esquecerei das sensações provocadas por aquele sabor.

Assim como meu pai fazia à época, bebemos algumas cervejas enquanto a pizza não chegava. É um tanto clichê o que vou dizer agora, mas o fato é que os anos passam e a história se repete. 

Inevitável lembrar da infância e das coisas que fazíamos quando ainda vivíamos todos sob o mesmo teto.

Cheguei à conclusão (óbvia, é verdade) que é muito bom reviver algumas situações do passado. Sobretudo coisas que marcaram nossa infância, uma etapa muito importante de nossas vidas.

Da próxima vez que voltar a Porto Alegre, acho que vou reviver outras situações marcantes, como caminhar pela Rua da Praia à procura de um McDonald's. Ou jogar futebol na pracinha atrás do condomínio. Essas coisas...

Coisas simples que fazem toda a diferença...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Capa alternativa



Esta foi a primeira ideia para a capa do livro Segunda Dose, da Editora Baraúna.

Eu e o @dottokohler que tiramos o retrato acima.

No entanto, acabei contratando minha amiga Priscila V. Araújo para fazer a capa definitiva que, diga-se de passagem, ficou muito legal.

Embora a foto acima não tenha sido escolhida para ilustrar a capa do livro, acho que ficou bem interessante... Nada mal para dois amadores no ramo da fotografia.

E você, o que achou?

Deixe sua opinião!