sábado, 23 de junho de 2012

Argumentos por escrito

Foto: blog42195.blogspot.com


Sonhei esses dias que não sabia mais escrever, o suficiente para acordar em pânico.

Não que eu SAIBA escrever com letras garrafais e reluzentes, mas dá para o gasto (acho).

Meu "eu interior" nunca reclamou, pelo menos até agora. Talvez até a publicação deste texto sem eira nem beira.

A propósito, quem em sã consciência escreve "sem eira nem beira"?

Este texto começou tão insano que até lembrei de um amigo cujo nome vou preservar com o intuito de evitar possíveis represálias (http://coisasdemarco.blogspot.com.br/).

Mas voltando ao assunto (que assunto?), deve ser complicado deixar de fazer algo que você já gostou muito.

Se perdesse minha habilidade de escrever (habilidade?), teria que encontrar outro hobby, outra válvula de escape, outra arte igualmente aprazível.

Escrever, antes de tudo, é exercitar a mente. Usar a ferramenta mais importante do nosso corpo: o cérebro.

Não podemos esquecer que escrever é uma forma interessante de expressar sua opinião. São poucas as pessoas que têm coragem de emitir opinião sobre determinado assunto, sobretudo se valendo da escrita, que requer um pouco mais de esforço.

Sempre pensei (talvez por não ser bom nisto) que a falar é para os fracos. Prefiro os argumentos lançados no papel, construídos na solidão da relação homem-computador, que um dia já foi homem-máquina de escrever, homem-caneta etc.

Essa, claro, é a minha opinião. Alguns concordarão, muitos não.

Sempre foi assim e sempre será, e talvez seja justamente isso que dê graça a todo o processo da escrita.

Afinal, é discordando que crescemos, que evoluímos. Não concorda?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Em uma outra estação...


Impulsivamente, acabei de decidir que não vou mais escrever romances.

Não quero mais brincar dessa coisa de ser escritor. Simplesmente, enchi o saco. 

Muito trabalho para pouco reconhecimento. 

Não vou nem entrar no campo do retorno financeiro, até porque isso é algo que não existe nesse ramo; pelo menos para os mortais.

A verdade é que se eu dependesse da venda dos meus livros para sobreviver, estaria morto neste exato momento.

Isso porque nesses quase dois anos de contrato, vendi apenas uns trezentos e poucos exemplares - um pouco mais do que o número de páginas do meu livro.

Não acredito que a pequena quantidade de livros vendidos tenha relação direta com a qualidade da obra, mas com a falta de divulgação, publicidade, etc. 

Sei que não posso desanimar, mas desanimei com "D"maiúsculo e em caixa alta.

Vender pouco, infelizmente, é o maior dos desestímulos para um escritor.

Mas como posso cobrar de pessoas desconhecidas que comprem o livro se nem mesmo algumas que conheço o fazem?

A mistura muito trabalho + pouco reconhecimento é dura o bastante para me fazer desistir de romancear por mais duzentas e tantas páginas.

Talvez em uma outra estação. Talvez, eu disse.