quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Terminologias sem fim

Foto: horademudar.com.br

Já pararam para reparar quantas novas terminologias estão nascendo a cada dia?

Até bem pouco tempo atrás, ninguém sabia o que era bullying. Mal transcorreu tempo o suficiente para as pessoas aprenderem a expressão, agora já inventaram o auto-bullying.

Onde esse mundo vai parar com tantas terminologias?

Talvez eu esteja exagerando, mas acredito que vai chegar o dia em que não saberemos distinguir o signifcado de  tantas expressões, sobretudo pela especificidade dos termos.

Quando era adolescente, lembro que ninguém sofria de depressão propriamente dita. Agora, contudo, existe uma imensidade de pessoas sofrendo desse mal, como daqui a pouco existirão outras tantas sofrendo de auto-bullying.

Involução pura, ao meu humilde ver.

Será uma nova tendência da humanidade catalogar novas doenças ou apenas mais um subterfúgio para vender cada vez mais livros?

De qualquer forma, sempre fico meio desconfiado quanto a essas inovações meio sem sentido, sobretudo pelo fato de que há sempre alguém lucrando por trás de tudo isso.

O problema é que o ser humano é ingênuo por natureza. Parece gostar (e muito) de ser enganado.

Na dúvida, fique esperto. Do contrário, daqui alguns anos você estará tomando cápsulas para auto-bullying e reclamando dia após dia do seu "eu" sabotador.

Afinal, para que sabotar os outros se você pode sabotar a si mesmo? 

Certo, especialistas?

6 comentários:

Rômulo Canever Lucion disse...

Na minha época de jardim de infância e ensino médio, brincar e zoar os amigos era muito normal, hoje da processo. Ja ouvi falar de uma pscicologa que o bullyng é normal em faze de crescimento. Faz a criança encarar os desafios, e nao correr deles.

Rômulo Canever Lucion disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Boa Noite,
realmente há sim um excesso de terminologias surgindo, de tal modo que dificulta realmente o acompanhamento . Mas citar o bullying como excesso... mal exemplo eu diria.

Thiago disse...

O bullying trata-se de um comportamento agressivo, que faz mal não apenas para a vítima, mas para o agressor e para as testemunhas desta prática, como é observado por diversos autores, visto que há associação entre bullying e absenteísmo e abandono escolar, doenças mentais, piora na saúde global do indivíduo e adoção de comportamento de riscos (fumar, ingerir álcool em excesso, praticar sexo sem proteção). O fato da criação de novas terminologias realmente confunde, entretanto, denota uma maior capacidade de detectar problemas sociais existentes antes mesmos de seus respectivos conceitos, o que é realmente bom, pois assim podemos entender melhor o problema, para então identificá-lo e evitar que milhares de crianças passem por sofrimento significativo e claramente desnecessário, como no caso do bullying. Posto isso, na minha opinião, a criação de novas terminologias atrapalha nossa comodidade, mas de modo algum configura-se como involução e sim como evolução, uma melhora na nossa capacidade de percepção nas falhas de nosso funcionamento como sociedade. O equívoco talvez seria achar que com a criação de novos termos os problemas apareçam, pois na verdade os problemas já existiam , porém nós não percebíamos.

Kelvim Vargas Inácio disse...

Quanto ao comentário anônimo: não estava me referindo ao bullying como excesso, mas ao "auto-bullying", que possui um significado ridículo...

Kelvim Vargas Inácio disse...

Quanto ao comentário do Thiago...
Tudo bem que, ao especificarmos termos, poderemos distinguir melhor cada doença... Ocorre que algumas dessas doenças, como o caso do auto-bullying, não fazem o menor sentido, por isso o texto.
Quanto à alegação de que os problemas já existiam e somente não havíamos percebido, discordo totalmente.
É visível que a maioria das pessoas que seu auto-intitulam depressivas não sofrem, de fato, dessa doença. Na verdade, são carentes, viciadas em remédios, etc.
Pessoas com pouco discernimento costumam comprar o que a mídia lhes impõe. Basta que assistam a programas sobre doenças para que comprem a infeliz ideia de ter uma delas.
Até porque, a cada 10 pessoas, duas ou mais sofrem de depressão, ou pseudo-depressão, para ser mais exato...
Consegue conceber a ideia de que 20% da população brasileira, algo em torno de 38 milhões de pessoas, sofrem de depressão? Eu não.
Enfim, é o que eu acho.
Valeu pelo comentário!