segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Eu me amo"


Com certeza, você deve conhecer alguém que se ama acima de tudo, certo? Um legítimo defensor do “eu”. Assim como alguém que não come carne, mas isto não vem ao caso.
Mas falando sério, é fácil encontrar esse tipo de pessoa, já que elas estão em todos os lugares. É só você prestar bastante atenção que ouvirá alguém ao seu lado começar todas as frases da mesma forma: Eu...
Acredito que a ciência deveria se empenhar mais em desvendar mistérios desse gênero. Tentar descobrir por que alguns cidadãos se auto-denominam o centro do Universo.
Sei que talvez eu esteja exagerando, porquanto essas pessoas podem ser apenas seres humanos mal resolvidos, cuja repetição do pronome “eu” não passa de um processo de afirmação. Contudo, sempre fico com um pé atrás.
Tente conversar por apenas vinte minutos com uma pessoa assim. Além de ter de ouvir 365 vezes o pronome já citado, ficará a mercê das “incríveis” histórias do narrador.
Eu isso, eu aquilo, eu, eu, eu... Por que algumas pessoas se acham mais interessantes que as demais, utilizando o “eu” em detrimento do “tu”? Há algo errado em ouvir mais e falar menos, sobretudo sobre sua pessoa?
Lembrei-me daquela música do Ultraje a Rigor: "Eu me amo, não posso mais viver sem mim”.
Chegou a hora de fazermos uma revolução! Agora é a vez do “tu”, “nós”, “vós” ou, quiçá, do “eles”. Somente assim ficaremos livres dos insuportáveis “eu”!
EU lhes garanto!

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