segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Correndo na chuva

No penúltimo domingo, resolvi sair um pouquinho da minha zona de conforto e correr na chuva.

Não é nada de tão extraordinário assim, eu sei. 

Até porque, como diz um amigo, não somos feitos de açúcar.

De todo modo, é algo que nunca faço de forma deliberada.

Se já o fiz, foi por pura falta de opção. 

Desta vez, no entanto, pensei: Foooooda-se! Vou correr na chuva!

Então, sem pensar muito - o que, geralmente, nos faz desistir -, calcei os tênis recém lavados e, tal qual um Forrest Gump, saí correndo.

Nem mesmo as poças mais traiçoeiras foram evitadas.

Corri com uma puta vontade.

Não sei se foi a água, o vento, a terra ou fogo (interno, no caso), ou mesmo a conjugação desses quatro elementos, mas o fato é que gostei demais da sensação de correr na chuva.

A questão sensorial, sem dúvida, fez toda a diferença. Definitivamente, foi a corrida mais interessante que dei nos últimos anos.

Guardadas as devidas proporções (tenho que parar de falar isso), estava me sentindo um Ayrton Senna.

Como se a chuva fosse uma espécie de elemento mágico.

Um diferencial. 

Neste último domingo, enquanto me vestia para correr, me surpreendi com meus próprios pensamentos. 

É que, quando me dei conta, estava ali, na sacada, olhando para o céu e torcendo por uma chuva torrencial.

Tão logo percebi a incongruência deles, meus pensamentos, sorri.

E pus-me a pensar sobre o quão é bom se transformar.

Eu diria: salutar.


Imagem: http://www.dicasdecorrida.com.br

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