quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Sempre em movimento

Um primeiro parágrafo inacabado em uma folha amarelada fixada numa surrada máquina de escrever fabricada em 1934.

É exatamente assim como me sinto neste momento.

Sem tirar nem pôr.

Como se tivesse um árduo trabalho pela frente.

Muito a produzir, a errar, a acertar, a errar de novo.

Em termos práticos, a viver.

Acometido por uma sensação um tanto dúbia: o céu é o limite x um longo caminho a percorrer até lá.

Se é que chegarei "até lá".

A vida, felizmente, não cansa de me surpreender.

Por vezes, positivamente.

"Às vezes tudo; às vezes nada; às vezes tudo ou nada; às vezes 50%".

O mais curioso é que esse "fardo" de ter muito a produzir também é uma espécie de benção.

Afinal, é uma porta escancarada para infinitas possibilidades.

É o "avesso do avesso do avesso do avesso" da maldita comodidade.

No fim das contas, é aquela velha história: tudo depende da forma como você encara as coisas.

Logo, tão certo quanto um chope gelado numa sexta à noite, dias melhores virão.

E o texto que começou com uma pegada deprê termina surpreendentemente esperançoso. 

Aparentemente, uma metáfora perfeita da vida, que, não é demais lembrar, está sempre em movimento.

Sempre.


Um comentário:

Rita de Cássia disse...

Qdo paramos de focar em algum desejo, ele se realiza. Viva e deixe viver... o momento exato ninguém saberá.👏👏👏👏👏👏