domingo, 5 de fevereiro de 2012

O onipresente

Imagem: devaneiosesporadicos.blogspot.com

Algumas pessoas parecem ser onipresentes. O exemplo da vez é o cantor Michel Teló.

A música de gosto duvidoso por ele interpretada, surpreendentemente, dominou o mundo. É um tanto bizarro, mas não há um ser humano sequer que não conheça a frase "ai se eu te pego".

Percebi que muitas pessoas têm criticado o artista, o que, na minha opinião, trata-se de um grave equívoco. O problema é a música, e não quem a interpreta.

Querendo ou não, ele deve ter passado muito trabalho para chegar no patamar que se encontra hoje. Afinal, todos sabemos que vida de músico não é algo tão fácil quanto parece. Com certeza, deve ter abdicado muita coisa de sua vida pessoal para divulgar seu trabalho nas turnês.

Minha crítica restringe-se, pois, às pessoas que fizeram da sua música o sucesso mundial da vez.

O cantor/intérprete está apenas trabalhando. Assim como todos, querendo seu lugar ao sol e sustentando sua família. 

Talvez ele nem aprecie esse tipo de música, vai saber...

O problema são as pessoas que fomentam uma música cuja refrão é "ai se eu te pego". É tão de mau gosto que chega a ser engraçado.

Particularmente, detesto o gênero "sertanejo universitário". Como reza a piada, estou louco que esse sertanejo se forme de uma vez e vá embora.

As pessoas que gostam desse estilo musical, contudo, poderiam escolher músicas com letras um pouco melhores, um tantinho mais elaboradas, se não for pedir demais.

Acontece que muitos, por uma questão cultural, nem ligam para a letra da música. Até porque sabemos que interpretação de textos não é o forte do brasileiro, cuja educação costuma ser pífia.

A regra do cidadão brasileiro é: basta uma melodia "bonitinha" e pronto, está feita a festa dos "baladeiros" (que gíria horrível) de plantão.

No auge da minha inocência, penso que as coisas não deveriam ter tomado este rumo. Mas como mudar essa forma de encarar a música depois de tanto tempo?

A verdade é que sempre que faço uma crítica à sociedade, acabo voltando ao mesmo ponto: 

E-D-U-C-A-Ç-Ã-O! (com negrito, caixa alta e tudo)

Digam o que quiserem, mas se tivéssemos uma educação decente, ao menos satisfatória, as coisas seriam bem diferentes neste país. Bem diferentes mesmo.

Alguém discorda?

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