sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Chocolate aerado e suas implicações no mundo moderno...

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Comi chocolate aerado ontem à noite.

Chocolate aerado? Mas que porra é essa, afinal?

Quando eu era criança - nem faz tanto tempo assim -, existiam poucas opções quando o assunto era chocolate. Na verdade, nada tinha muitas opções (que fique claro que estou exagerando um pouco).

No tempo dos nossos pais, então, nem se fala. O chocolate, por exemplo, limitava-se a ser preto ou branco. 

Preto ou branco, cara! Quer algo mais simples do que isso?

Hoje, para nossa sorte ou azar, são inúmeras as opções. E quando digo inúmeras, quero dizer "pra caralho". 

Esta semana mesmo me vi numa encruzilhada das boas. Fui comprar um smartphone novo e demorei  alguns dias até encontrar "O" escolhido. Isso porque o mercado e suas inúmeras armadilhas conseguem deixar qualquer um tonto, ainda que de um jeito bom (os consumistas me entenderão).

Posso estar sendo um pouco saudosista, mas lembro do tempo em que conhecíamos o nome das coisas. De quando as variações nem eram tão variadas assim, saca?

Carros, por exemplo. Sem exagero, sabíamos os nomes de todos que transitavam pelas ruas. Atualmente, lembrar de todos os modelos requer uma memória elástica e adaptável, haja vista os lançamentos quase diários.

Não estou dizendo que não gosto de ter várias opções à minha disposição (até porque eu gosto), mas que o passado era charmoso, isso era.

Estão entendendo aonde quero chegar?

Estou falando de poder comprar algo com segurança sem ter que pesquisar no google antes. Algo inimaginável para as novas gerações. Ou pelo menos para os espertos da nova geração...

O engraçado é que, mesmo nos dias de hoje, ainda tem gente que segue a filosofia dos nossos antepassados sem ao menos se perguntar o porquê. Tanto que outro dia ouvi alguém dizer que ia comprar um carro da Volkswagen somente porque eles não quebram.

Sério mesmo que as pessoas ainda acreditam num slogan de mil anos atrás?

Pensando bem, as muitas opções disponíveis no mercado agora me parecem uma espécie de dádiva.

De fato, variar também tem seu charme.

Nem preto nem branco, eu quero é chocolate aerado mesmo. 

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