sábado, 13 de outubro de 2012

À procura do amor impossível

Foto: http://www.la506.com


João Pedro era um cara relativamente normal e E-X-T-R-E-M-A-M-E-N-T-E simpático.

Nada demais aos olhos do público masculino.

Ninguém sabia o motivo pelo qual isto acontecia, mas mulheres jogavam-se sobre ele de forma deliberada e irracional. Com afinco talvez fosse a expressão mais apropriada.

Alguma coisa naquele homem as atraía.

Talvez fosse o seu jeito "dadinho" (simpático), ou sua cara de vira-latas, não se sabe ao certo, mas algo definitivamente as atraía. Uma incógnita.

JP - como era conhecido -, no entanto, era um amante platônico. Nem mais, nem menos.

Por mais belas que fossem as mulheres que a vida insistia em lhe arranjar - e olha que eram aos montes -, João Pedro estava sempre à procura de um grande amor; desde que fosse impossível, claro.

E essa eterna procura pela mulher inalcançável acabava afastando as demais, naturalmente imperfeitas aos seus olhos. 

Seus amigos, claro, praticamente o odiavam por isso. Afinal, todos achavam um absurdo João Pedro desperdiçar tantas mulheres, que de imperfeitas não tinham nada.

Até que um dia, cansado de não conseguir conquistar a mulher dos seus sonhos, JP resolveu finalmente dar ouvido aos amigos.

Disse para si mesmo, como somente um cafajeste pode fazer, que iria galinhar por algum tempo. Talvez assim sua sorte mudasse.

E promessa era dívida para João. Tanto que arrasou inúmeros corações nos seis meses que se sucederam ao aludido compromisso.

Só não arrasou mais corações que o seu próprio.

Isso porque, para desespero particular dos amigos, não se interessou por nenhuma das garotas com quem saiu naquele período.

Definitivamente, João não conseguia lutar contra sua própria natureza. Contra sua fome de tentar conquistar o inconquistável. 

Queria se apaixonar de forma platônica, e sofrer por isso

E desejar mulheres possíveis, sob esse prisma em particular, não se mostrava uma boa opção.

A verdade é que a vida sabe ser dura ao ponto de nem sempre nos proporcionar aquilo que realmente queremos.

João que o diga.

Um comentário:

Príncipe da solidão. disse...

P.s.: Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais terá sido mera coincidência.